quinta-feira, 3 de maio de 2012

Ao almoço

Fui almoçar ao restaurante do costume. Na mesa ao lado da minha, encontrava-se uma família de franceses.
O empregado de mesa foi falando imenso com eles durante todo o almoço e eles já estavam com um ar um bocado alucinado. Quando chegaram à sobremesa e porque o empregado os queria despachar (o restaurante estava cheio e havia pessoas à espera) e queria despachar as babas de camelo fez a seguinte alocução relativa à essa maravilhosa (segundo ele) sobremesa:
"Il est très bon. Baba de Chameau. Il est une merveille. C'est si bon, si bon…  le chameau si babe partout ! Le chameau est tout fou! Très bon, très bon, merveille, merveille. Très doux la babe, très bon, très bon, se babe partout, partout !"

E fazia o gesto com a mão no queixo, com a língua de fora, como se se estivesse, ele próprio, a babar.
A mesa vagou de imediato. Os franceses foram-se embora horrorizados a achar que nós (portugueses) devoramos com sofreguidão o cuspo dos camelos. Julgo que, nesta altura, já estão no aeroporto da Portela a embarcar num voo (não importa qual) que os leve para longe deste país infecto…

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